terça-feira, 30 de abril de 2013

"The Mission" - Cap. 17




Megan POV

Estava olhando a vitrine de roupas, Max havia me dado dinheiro para comprar o que eu quisesse. Tyler estava experimentando uma roupa, olhava no espelho o tempo todo, como ele é gato, socorro.
- Hey Megan. – Tyler me chamou, aproximei-me. – Essa está boa?
- Sim. – Sorri, o analisando. Ele vestia uma blusa branca e uma camisa xadrez por cima.
- E você, não vai comprar nada? – Ele perguntou.
- Vou. – Voltei a olhar as roupas, peguei algumas, mas não experimentei nada, estava preocupada e ansiosa, eu queria falar com Justin, dizer que estou bem.
[...]
- Meg, o que acontece? Está tão quietinha hoje. – Ty sentou ao meu lado, na cama – estávamos em um hotel –, ele me olhou.
- Eu queria saber o motivo de meu pai e Scooter terem brigado. – Disse, o olhando.
- Talvez Max saiba. Max! – Tyler o chamou, Max, que assistia TV, nos olhou. – Conheceu o Scooter? – Max arregalou os olhos e levantou.
- S-s-scooter? – Ele gaguejou.
- Scott Braun. – Disse.
- Como sabe dele?
- Eu estava morando com ele, Nick dizia que Scooter que havia sequestrado os meus pais e que eu devia descobrir alguma coisa, na casa dele. – Expliquei resumidamente.
- Ele nos disse que você estava morando com sua avó. – Tyler disse, confuso.
- Mas você conhece o Scooter? – Perguntei ao Max.
- Sim.
- E sabe o motivo de ter brigado com o meu pai? – Max arregalou os olhos, mais uma vez.
- Você não precisa saber Meg, é assunto deles. – Ele respondeu e desviou o olhar.
- Mas...
- Morou lá por quanto tempo? – Ele me interrompeu.
- Não sei, talvez dois meses. – Dei de ombros. Max e Tyler ficaram se olhando, mas não diziam nada. – Por que eu não posso saber?
- Você pode saber, mas não sou eu que contarei. – Ele estava nervoso, encarei-o.
- Vocês podem me emprestar um celular? – Perguntei, irritada.
- Para quem ligará? – Max me olhou, desconfiado.
- Justin.
- O sobrinho d...
- Sim, o sobrinho do Scott, algum problema? – O interrompi.
- São namorados? – Ele sorriu malicioso. – Ela tem um namoradinho. – Max fez piada e Tyler riu.
- Engraçado, agora você pode me emprestar a droga do celular? – Estendi a mão ao Tyler e ele me entregou o aparelho.
- E para sua informação... Ele não é meu namorado. – Sai dali, batendo a porta, caminhei até o fim do corredor e disquei o número dele.

Justin POV

Estava no hospital com Melissa, ele havia passado mal ontem à noite. Isso tem se tornado constante e eu estou com medo do que pode acontecer. Fiquei esperando alguma informação, quando meu celular tocou, o número era desconhecido.
“Alô?” – Disse nervoso, minhas mãos tremiam.
“O-o-oi Justin” – Ela gaguejou, meu coração disparou.
“Meggy? Meggy, é você?”
“Sim” – Parecia estar chorando.
“Você está bem? Meu amor, onde você está?” – Levantei e fiquei andando de um lado para o outro. E se ela estiver em perigo?
“Não sei, não sei onde estou, mas estou bem”
“Está sozinha?”
“Não, estou com Max, um amigo do meu pai... Eu sinto sua falta” – Eu ia respondê-la, mas senti uma mão em meu ombro.
- Senhor Bieber. – Era o médico, afastei o celular do ouvido. – Precisamos do Senhor na sala de exames.
- Só um segundo.
- É urgente, Melissa esta descontrolada. – Ele parecia tenso.
“Meggy, eu preciso ir, nos falamos depois”
“Esta com Melissa?”
“Não... Sim, estou, ela passou mal, estamos no hospital”
“Ah sim, me desculpe por atrapalhar”.
“NÃO, não, espere...” – Ela desligou. Droga, droga, droga. Acompanhei o doutor.
[...]
Abri a porta de casa e ajudei Melissa a caminhar, ela estava péssima, reclama de dor o tempo todo. Scooter estava sentado no sofá e nos olhou, ele levantou e me ajudou com Melissa.
- Pode levá-la ao quarto? – Perguntei.
- Você não vem Justin? – Melissa perguntou, me olhando.
- Preciso fazer uma ligação, eu já vou. – Disse e Scooter a levou, caminhei até a cozinha e liguei para o número que Meggy ligou.
“Alô?” – Era voz de homem.
“Posso falar com a Megan?”
“Quem é?”
“O namorado dela.” – Disse e ouvi uma risada, “Meg, seu namorado no celular”, ele disse. “Ele não é meu namorado”.
“Justin, eu só liguei para dizer que estava bem e...” – Ela disse fria.
“Meggy, por favor, volte para mim.” – A interrompi.
“Você vai ser pai Justin...”
“Mas eu não preciso estar com a Melissa para isso, eu não sinto nada, NADA, por ela.” – Megan ficou em silêncio. – “Eu te amo Meggy”.
“Eu sinto muito Justin” – Ela desligou a ligação, mais uma vez, fiquei olhando a tela do celular. Eu a amo.
Olhei para o armário e vi uma garrafa de vinho, peguei e abri. Caminhei, lentamente, de volta para a sala e me joguei no sofá, aproximei a garrafa da boca e ouvi a voz da Megan ecoar em minha mente, “Você é melhor que isso”. Bebi um gole daquilo, em poucos minutos, já havia bebido toda a garrafa. “Você não precisa disso”. Ouvi passos na escada e escondi a garrafa.
- Justin? Melissa está te esperando. – Scooter disse, me olhando.
- Eu já vou. – Disse frio.
- Esta tudo bem? – Ele sentou ao meu lado.
- Sim. – Menti. – Eu vou dormir. – Levantei e fiquei o olhando, como esconderia a garrafa?
- O que tem ai atrás? – Ele olhou, mas virei-me. – Justin... – Scooter levantou e puxou meu braço. – Não acredito. – Ele pegou a garrafa da minha mão. – Bebeu tudo isso?
- Me deixe Scooter. – Dei as costas, mas ele me segurou.
- O que aconteceu? – Ele me olhou, confuso.
- Eu falei com a Meggy. – Abaixei a cabeça. – Ela desligou, na minha cara.
- E se a ligação caiu? Você ligou de novo?
- Eu disse que a amo e ela falou “Eu sinto muito”. – Disse irritado. – Sinto muito? Eu nunca me arrependi tanto de dizer algo.
- Calma Justin, vocês são novos, a mãe do seu filho está aqui, e esta muito doente, é com ela que você deve se preocupar.
- Eu sei... Mas não é tão simples assim... – Deixei a garrafa na mesa e subi a escada. Parei em frente a porta do meu quarto e respirei fundo, abri a porta e vi Melissa deitada, em minha cama. Aproximei-me e ela sorriu fraco. – Vou dormir no quarto de hóspedes. – Disse, mas ela segurou minha mão.
- Fique aqui Jus, fique comigo. – Ela olhava em meus olhos. – Por favor? – Assenti e deitei ao seu lado, ficamos nos olhando, Melissa se aproximou e me beijou, correspondi. Foi a primeira vez que beijei outra garota desde que disse tudo o que eu senti à Megan. – Por que você não gosta de mim? – Melissa sussurrou.
- Eu gosto Melissa, mas não como você gostaria... Não podemos escolher isso. – Disse, olhando em seus olhos. – Eu sinto muito.
- Não! Só sinta muito se for amor. – Ela se aproximou novamente e me deu outro beijo, mas esse foi mais intenso. Melissa puxava minha camisa, enquanto nossos lábios se tocavam, abri os olhos e afastei-me.
- Eu não posso. – Arrumei a camisa e levantei da cama.
- Por que não? – Mel me olhava, triste. – Você tem outra?
- Melissa, por favor. – Virei-me.
- Justin, estou esperando um filho seu, nós já fizemos isso antes. – Ela parecia impaciente, agora. Fiquei a olhando e o “Sinto muito” da Megan ecoou em minha mente, encarei Melissa e me aproximei, nossos lábios se tocaram e eu só conseguia pensar em Megan.
- Eu não quero apressar as coisas... – Afastei meus lábios dos dela e sussurrei. – Vamos com calma, Mel. – Beijei sua testa e levantei. – Boa noite.
- Não vai dormir aqui? – Ele me olhava confusa.
- Não, ainda não. – Sai dali e caminhei até o quarto de hóspedes, joguei-me na cama e fechei os olhos, preciso dar um tempo para mim.
Continua...

Mesninas do Mistletoe Ane Borges Joana Margarida @raiinhadapacoca aaaawn, valeu :3 eu estava com medo de vocês não gostarem haha ssad
bia4ever respondi lá no comentário, não sei se você viu...

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domingo, 28 de abril de 2013

"The Mission" - Cap. 16



Megan POV
 
Tentei me mexer, mas não consegui, abri os olhos e não reconheci o lugar. Minhas mãos e minhas pernas estavam amarradas, um pano estava amarrado em minha boca, para que eu não conseguisse gritar. Senti meus olhos arderem e as lágrimas surgiram. O que aconteceu?
Me lembro de estar na agência, conversando com Nick, ele me contava sobre ter visto o Scooter em um lugar suspeito e ele tentou falar sobre nós dois, mas eu não quis e disse que iria embora... Nick, não, ele não faria isso. Enquanto tentava me lembrar o que havia acontecido, alguém abriu a porta, o homem era alto e forte, usava roupa toda preta e uma touca vermelha, mas não cobria o rosto.
- Já acordou gata? – Ele sorriu, fiquei o encarando, ele se aproximou do meu rosto, virei e ele riu. – Fique tranquila Megan, eu estou aqui para te ajudar. – Ele sussurrou e olhou para os lados. – Um menino, também alto e forte, mas esse era moreno e mais novo, entrou no quarto e fez sinal de “ok” para o que estava perto de mim. Ele desamarrou minhas mãos e depois minha perna, tirei o pano da minha boca, mas continuei muda.
- Mande-a ficar quieta. – O garoto ordenou.
- Nós diremos que você precisa de um médico e caso eles não acreditem, você corre, entendeu? – Ele me disse e eu apenas assenti. O homem segurou minha mão e me puxou, nós não fomos parados por ninguém, parecia que o lugar estava vazio, saímos dali e continuamos a caminhar, até chegar a uma caminhonete, o garoto moreno me encarou e abriu a porta de trás, entrei no carro e eles me tiraram do que parecia ser uma fazenda.
- Se eles nos pegarem por causa dela, eu te mato. – O garoto disse ao homem, que dirigia.
- Relaxa Tyler. – Fiquei os olhando, atenta. – Está com fome, garota? – Fiz ‘não’ com a cabeça e olhei para a janela, eu estava morrendo de fome, mas não queria falar.
- Eu estou, pare no próximo posto. – Tyler disse. O homem fez, parou no posto, o garoto desceu do carro e bateu a porta.
- O que está acontecendo? – Perguntei, insegura.
- Você foi sequestrada e nós fomos te ajudar, esteve dormindo por três dias, acho que eles te deram algum remédio. – O homem disse. – Mas está segura agora.
- Quem são vocês?
- Fazíamos parte da ACOS, mas cansamos e resolvemos sair. – Ele sorriu, parecia aliviado. – Meu nome é Max e o do revoltadinho ali – Ele apontou o garoto que vinha na direção do carro. – É Tyler.
- Vão me levar para onde?
- Não sei, nós não temos um lugar para ficar, provavelmente Nick esta atrás de nós agora, então, precisamos fugir. – Tyler abriu a porta do carro e jogou uma sacola no banco, subiu na caminhonete e começou a comer o que estava ali.
- Ofereça algo para a garota. – Max disse, Tyler me mostrou as fritas.
- Não, obrigada.
- Pode pegar, nós não iremos te envenenar. – Ele sorriu fraco, é um garoto muito bonito, a propósito.
-Obrigada. – Peguei um pouco das fritas e devorei aquilo, Tyler me deu uma lata de refrigerante e um pacote de alcaçuz.
[...]
Max parou o carro, em uma cidadezinha. A noite estava se aproximando e não temos um lugar para ficar, ele nos mandou ficar no carro e foi procurar um hotel, ou algo do tipo. Fiquei em silencio, até Tyler falar comigo.
- Eles te machucaram? – Ele perguntou, me olhando.
- Não sei, eu não me lembro de nada. – Respondi.
- Quando Nick nos disse que iria te sequestrar, Max ficou furioso, ele também conhecia seus pais.
- Max é seu pai?
- Não, é meu irmão. – Tyler riu. Max voltou e ligou o carro, ele parecia nervoso. – O que aconteceu?
- Discuti com um cara. – Max riu e Tyler também. Eu estava cansada, estávamos naquele carro há horas.
Quando poderei falar com Justin? Eu pedi para que ele não fosse atrás de mim, foi um péssimo momento para pedir isso, mas talvez assim, ele não corra perigo por minha causa.
[...]
Acordei e notei que estava em um quarto, virei para o lado e Tyler dormia em um colchão, ao lado da cama, Max estava em outra cama do outro lado do cômodo, levantei, sem fazer barulho. Eu poderia ir embora, fugir, ligar para o Justin e pedir ajuda, podia sair andando por aí, até encontrar alguma pessoa confiável, mas eles me parecem confiáveis, podem estar me ajudando realmente.
- Megan? – Olhei para Tyler, que se espreguiçava. – Aonde vai?
- Lugar nenhum, só estava aqui, pensando. – Disse, sem jeito.
- Está com fome? Tem uma padaria do outro lado da rua. – Ele levantou e vestiu um casaco. – Vamos lá.
- E o Max? – Perguntei e Tyler me empurrou, devagar, para sair do quarto.
- Não se preocupe com ele. – Ele passou o braço por meus ombros e me conduziu até a padaria, devorei um café da manhã caprichado e repeti, duas vezes. – Quanta fome para uma garota do seu tamanho. – Ele riu.
- Oh, me desculpe, eu pago quando puder...
- Não se preocupe com o dinheiro, isso não é um problema. – Ele tomou um gole do seu café. Terminamos a refeição e voltamos para o hotel, Tyler não falava muito, parecia pensativo, na maioria das vezes.
- Você e Max... Vocês não têm pais? – Perguntei, com medo de deixá-lo mal ou de estar me intrometendo demais.
- Eles nos abandonaram em um orfanato. – Tyler abaixou a cabeça. – Max, tinha 15 anos e eu 6, logo, Max ficou maior e teve que se virar para viver, ele entrou para a ACOS, mas não me abandonou. Ele tentava me tirar do orfanato todos os dias, então conseguiu há três anos e desde então, vivemos trabalhando para essa merda de agencia.
- Nick, é tão ruim assim? – Chegamos ao nosso quarto e Tyler parou de andar.
- Ruim é apelido, Megan... Quando eu soube que vocês estavam namorando, eu sabia que havia algo errado, eu sabia que você iria correr perigo... – Ele parou de falar e me olhou. – Ele forçou algo? Te obrigou a...
- Não, ele me tratava muito bem. – Respondi. – Por que você e Max resolveram me ajudar?
- Porque, como eu disse, Max conhecia seus pais, eles eram muito próximos dele, até o ajudaram a me tirar do orfanato. – Tyler sorriu.
- E vocês sabem o motivo de terem sidos sequestrados? – Eu sei que já estava fazendo muitas perguntas, mas era importante para mim.
- Nick é louco, ele tinha inveja dos seus pais por serem bem sucedidos na ACOS, e desde que o chefe morreu, ele tem feito de tudo para assumir o poder. Quando soube que seu pai seria o novo presidente, Nick resolveu sequestra-lo.
- Mas e minha mãe?
- Seria fácil para Elena, decifrar quem havia sequestrado seu pai, então ele levou-a junto.
- E eu acusei o Scooter. – Disse a mim mesma, sentindo a culpa me consumir.
- Scooter? Você disse Scooter? – Tyler parecia surpreso.
- Sim, o conhece?
- Não, mas ele trabalhou na ACOS. Quando entramos lá, conhecemos a história de todos os agentes, Scooter era um deles, e foi um destaque durante o tempo que esteve lá.
- O que mais sabe sobre ele?
- Sei que ele era muito amigo dos seus pais e que saiu da ACOS depois de discutir com James.
- Discutir com meu pai? Por quê? – Franzi a testa.
- Eu não faço ideia. – Ele disse a porta do quarto se abriu, Max estava ofegante.
- Precisos ir embora. – Disse assustado e nos puxou, ele abriu a porta de incêndio e começou a descer, o seguimos, ouvi estrondos e gritos, mas continuei correndo. – Leve-a para o carro. – Ele disse ao Tyler e fui puxada, Max ficou lá dentro, enquanto corríamos para o carro. Tyler ligou o automóvel e ficou esperando Max sair.
- Eles estão aqui? – Perguntei e antes que pudesse ter uma resposta, ouvi um barulho de uma arma disparando, foram dois tiros. Meu coração estava acelerado.
- Max não tem arma. – Tyler disse e me olhou, senti meus olhos lacrimejarem e Tyler acelerou o carro.
- VAI DEIXÁ-LO? NÃO, ISSO É MINHA CULPA.
- ELE ME PEDIU PARA PROTEGÊ-LA. – Os olhos de Tyler estavam marejados, olhei para a saída de emergência e vi Max.
- PARE, ELE ESTÁ VIVO! – Gritei, mais uma vez, Tyler deu ré e Max saltou para dentro do carro.
- Iriam me abandonar crianças? – Ele sorriu. – CORRA TYLER! – Tyler acelerou o máximo que podia, ele dirigiu por 50km, na velocidade máxima e só parou quando viu uma viatura. Fui para o banco de trás e Max assumiu o comando do carro, passamos pela polícia e Max continuou dirigindo, por longas 2 horas.
Continua...

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

"The Mission" - Cap. 15




Justin POV

Estava sentado, na areia, observava Megan. Ela caminhava, de um lado para o outro, na beira do mar, chutava a água e fugia das ondas. Ri ao vê-la cair, ela ficou ali, sentada, rindo de si mesma. Levantei e caminhei até ela, estendi a mão e a ajudei a levantar.
- O que foi isso? – Perguntei rindo.
- A areia mexeu e eu cai, não sei. – Meggy ria, é bom vê-la sorrindo depois do que aconteceu.
- A culpa é da areia, então? – Franzi a testa e ela assentiu.
- Claro, ela que se mexeu.
- Ah sim, coitada de você. – Olhei para os lados e quando voltei a olhá-la, a beijei.
- Justin. – Meggy me afastou e colocou as mãos no rosto. – Por favor. – Ela riu um pouco. Megan me pediu para não beijá-la, ela disse que não está pronta para um relacionamento e tal, mas um beijo aqui, outro ali, não faz mal.
- Eu sei que você quer. – Abracei-a e tirei suas mãos de seu rosto, ela sorria.
- Eu quero e por isso te pedi para ficar longe. – Ela olhava em meus olhos. – Eu só preciso de um tempo para arrumar essa confusão que esta a minha vida.
- Queria ajudar, queria fazer algo para encontrar seus pais. – Segurei sua cintura.
- Não, essa gente é perigosa, não quero te ver em perig... – O celular dela começou a tocar, Meggy atendeu, sua expressão foi mudando, ela não falava nada, seus olhos marejaram. – Por favor, não. – Ela disse, com medo.
- Me dê o telefone Megan. – Disse, tenho certeza que estão a ameaçando.
- Tudo bem... Tudo bem, eu farei... Mas não machuquem mais ninguém, por favor. – Ela chorava, peguei o celular de suas mãos.
- DEIXE-A EM PAZ, COVARDE. – Disse e desligaram. – Desgraçado. – Megan chorava, fitando os pés, aproximei-me e a abracei. – O que disseram, meu amor?
- O mesmo de sempre. – Ela se afastou e saiu andando, a segui. Megan entrou no meu quarto e começou a guardar suas coisas na mala.
- O que está fazendo? – Perguntei confuso.
- Eu não posso ficar aqui. – Respondeu sem me olhar.
- NÃO. Não, não, não, não, não Meggy. – Puxei-a para longe da mala – Não, por favor.
- Não me olhe assim. – Ela pediu com os olhos cheios de lágrimas.
- Ele te ameaçou, não foi? Aqui, nada de ruim irá acontecer com você, nada. Eu irei te proteger, por favor, não vá. – Senti meus olhos arderem e as lágrimas apareceram.
- Oh Justin. – Ela virou-se e cobriu o rosto com as mãos.
- Fique aqui. Fique comigo, meu amor. – Tentei fazê-la me olhar, mas ela evitava, afastei-me e abaixei a cabeça.
- Não podíamos ter deixado isso acontecer... Eu não podia gostar de você. – Ela disse brava e triste e explodiu em lágrimas.
- Não temos escolha quando o coração fala mais alto. – Disse olhando nos olhos dela.
- Mas nós podíamos ter evitado... Estávamos aos beijos enquanto a mãe do seu filho estava em algum lugar do bairro, estávamos rindo enquanto meus pais estão sendo reféns de um crime em algum canto do mundo. Nós fizemos tudo errado Justin.
- É errado amar alguém? – Arqueei a sobrancelha. – É errado se sentir especial para alguém? Sentir que aquela pessoa é quem você sempre esperou encontrar?
- É errado quando isso acontece entre nós dois.
- Não Megan, não é errado, todos têm o direito de amar alguém. – Eu não conseguia entender o motivo de ela estar dizendo essas coisas.
- Justin, eu quero que me prometa uma coisa.
- Eu não vou te esquecer. – Me adiantei.
- Não esqueça, por favor. – Ela enxugou o rosto. – Quero que prometa que irá me deixar ir embora, que não irá atrás de mim e que continuará vivendo sua vida, sem tentar se intrometer nesse meu problema.
- Não posso prometer isso.
- Sim, você pode. – Meggy se aproximou e olhou, diretamente, em meus olhos.
- Eu posso te proteger.
- Prometa, por favor. – Ela insistiu, ficamos nos olhando por um tempo.
- Tudo bem, eu prometo. – Disse, Megan sorriu e me abraçou.
- Nós ainda nos esbarraremos por aí. – Seus olhos brilharam e ela me beijou, ajudei-a a guardar suas coisas e quando fomos nos despedir, Meggy chorou, de novo.
- Que droga. – Ela disse enxugando a lágrima. Estávamos na calçada, em frente minha casa, de frente um para o outro, eu segurava sua mão e olhava fixamente em seus olhos.
- Espero que nos esbarremos o mais rápido possível. – Comentei e ela riu.
- Eu espero também. – Meggy envolveu o braço em meu pescoço e me beijou, dessa vez, fiz do beijo, algo que ela poderia se lembrar sempre, puxei-a pela cintura e segurei seu rosto, senti uma lágrima cair em meu rosto e continuei a beijando, partimos o beijo quando já não tínhamos mais fôlego. – Se o esbarrão não acontecer...
- Ele irá acontecer, nem que eu tenha que esbarrar propositalmente. – Sorri e beijei sua testa. – Se cuida.
- Até logo. – Ela acenou e foi se afastando, a cada passo, meu coração se apertava mais e mais.

Os dias foram passando, eu discava o número da Megan o tempo todo, mas não conseguia ligar, eu prometi à ela. Joguei-me no sofá e encarei a televisão, Scooter desceu a escada e sentou na poltrona, ele ficou me olhando.
- Tem notícias? – Ele perguntou.
- Não, nada, ela não me ligou.
- Você não está preocupado? – Ele franziu a testa.
- Sim, muito, mas eu prometi que não iria atrás.
- Mas se algo acontecer... Justin, você não tem noção de como aquele cara é perigoso? – Scooter estava escondendo alguma coisa.
- Que cara? O que você sabe Scooter? – Perguntei desconfiado.
- O que ela disse, oras. – Ele tentou disfarçar.
- Scott, eu sei que você está escondendo alguma coisa.
- Tudo bem... Você vai saber uma hora ou outra. – Ele respirou fundo e me contou que conhece os pais da Meggy, que eram muito amigos. Ele disse que brigou com o namorado da Megan, que ele é o homem que sequestrou os pais dela, me contou tudo, mas eu fiquei confuso.
- Então, o Dylan é o bandido da história? – Perguntei.
- Sim, eu não sei o motivo, na verdade eu imagino, mas ele sequestrou os pais da Megan e está a ameaçando.
- Eu preciso contar para ela. – Levantei do sofá e Scooter segurou meu braço.
- Ela não vai acreditar e, mesmo que acreditasse, ela poderia correr mais risco ainda.
- Scooter, eles invadiram a casa dela, você acha que não vão fazer mais nada? – Eu disquei o número dela, mas caiu na caixa postal. – Eu não vou ficar aqui, de braços cruzados, esperando algo acontecer. – Caminhei até a porta e quando a abri, encontrei Melissa, ela estava aos prantos.
- Eles disseram que minha gravidez é de risco. – Ela me abraçou. – Justin, o bebê corre risco.
- Calma Mel. - Abracei-a e beijei sua testa, ela tremia e chorava desesperadamente. - Entre, me conte isso com calma. – Disse assustado, por um momento, o medo de perder meu filho tomou conta de mim.
Continua...

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